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A importância da Litografia na Escola Guignard

O início da litografia na Escola Guignard ocorreu com a doação de prensas e pedras litográficas da Imprensa Oficial para a escola na década de 60, a fim de servir aos artistas. Em 1962, Lotus Lobo, ainda estudante da escola, teve seu primeiro contato com o ateliê, onde ficou instigada e interessada em conhecer e aprender a técnica da litografia.

A partir do seu conhecimento sobre as pedras da oficina da Imprensa Oficial, em Belo Horizonte, que continha imagens de rótulos, de documentos fiscais, de bilhetes de loteria e de apólices, e do contato direto com as matrizes e chapas de flandres da Estamparia de Juiz de Fora, que continha imagens das marcas dos produtos regionais, a artista conheceu a produção industrial iniciada no final do século XIX. Esses desenhos, criados por desenhistas litógrafos europeus e artistas da região, despertaram na artista o interesse pela pesquisa e pela preservação das imagens, como Márcio Sampaio escreveu:

 

O contato com este acervo despertou de imediato o interesse da artista, por constituir-se em perfeita tradução de um gosto que se achava profundamente arraigado no seu inconsciente, identificado como resíduo da nossa cultura afetiva e sentimental. (SAMPAIO, 2018/2019, p. 13).

 

Lotus Lobo é uma artista e gravadora que escolheu a litografia como a poética de seu trabalho, dedicando-se à pesquisa da Memória da Litografia de Minas Gerais, de sua técnica e de sua linguagem, desde a década de 60.

Ela nasceu em Belo Horizonte, no dia 1º de abril de 1943, graduou-se em Artes Plásticas pela Escola Guignard na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Belo Horizonte, em 1965, e cursou disciplinas teóricas na École Superieure des Art et Industries Graphiques Estienne de Paris, nos anos de 1971 e 1972, e na École D’Art Plastiques et Sciences D’Art de L’ Université de Paris, também nos anos de 1971 e 1972. Sua atuação como professora de litografia iniciou-se na Escola Guignard, no período de 1966 a 1993, sendo que na mesma instituição foi professora de gravura em metal, de 1969 a 1973. De 1974 a 1975, foi professora de litografia na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Lotus Lobo foi coordenadora de ateliês (oficinas) de Litografia na Casa de Gravura Largo do Ó, em Tiradentes, Minas Gerais (MG), de 1984 a 1990; na Casa Litográfica, em Belo Horizonte (MG), de 1978 a 1982; e no Grupo Oficina, em Belo Horizonte (MG), em 1964. Também coordenou os seguintes projetos: Exposição Memória da Litografia – Acervo Lotus Lobo (2017 – 2018); Da Estamparia Litográfica – Lotus Lobo (2017 -2018); DVD da Estamparia Litográfica – Lotus Lobo (2014 -2015); Marcas de Minas: Memória da Litografia Industrial em Minas Gerais (2014 – 2015); Memória da Litografia Industrial em Minas Gerais (1985 – 1989); O Design de Rótulos Litográficos da Estamparia Mineira (1976). A artista realizou várias exposições coletivas e individuais e ela própria destaca como suas principais exposições individuais: sua primeira exposição individual - Lotus Lobo, na Galeria Guignard, em Belo Horizonte, no ano de 1970, que marcou o início de todo o trabalho que estava desenvolvendo com os rótulos industriais, e Litografia Lotus Lobo, no Centro Cultural Minas Tênis Clube, também em Belo Horizonte, no ano de 2018.

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